segunda-feira, 29 de abril de 2019

Menonitas no Brasil

Foto retirada do site: https://www.matraqueando.com.br/colonia-witmarsum-cafe-colonial-historia-alema-menonita-e-descanso-ao-lado-de-Curitiba .

Menno Simons foi o fundador de um grupo cristão anabatista que ficou conhecido como "menonita". Os menonitas faziam parte dos anabatistas, porque desconsiderando o batismo de crianças – que havia entrado na Igreja através dos escritos de Agostinho –, rebatizavam os cristãos que aceitavam a fé em idade adulta. 

Agostinho bispo de Hipona e importantíssimo pensador cristão, havia dito que as crianças nasciam em pecado, porque ao nascer traziam em si as marcas do pecado de Adão. Os anabatistas não pensavam assim. Ao contrário, achavam que só podia batizar-se aquele que estando de posse de sua razão, fosse capaz de escolher e discernir. Fazendo escolhas conscientes. Por isto, rebatizavam as pessoas desejosas de fazê-lo, quando manifestavam tal vontade em idade adulta. Já tendo, portanto, alcançado a "idade da razão".

Além de os menonitas rebatizarem os cristãos, eles também são pacifistas; não pegando em armas nem mesmo para defender-se. E, eles vivem da agricultura. Possuem um estilo de vida semelhante ao dos quakers e dos amish. Depois de várias migrações e imigrações, vieram instalar-se no sul do Brasil e fundaram a Colônia Witmarsum

Caso você decida ir até lá me chame e o acompanharei com prazer redobrado.

domingo, 21 de abril de 2019

Feliz Páscoa!

A última páscoa.
Pintor: Mestre de Housebook (c. 1480).

Exemplo da mesa que preparou em Grécio no dia da Páscoa. Como se mostrou um exemplo de Cristo como peregrino

Num dia de Páscoa, os frades prepararam no eremitério de Grécio uma mesa mais bonita, com toalhas e vidros. O pai desceu de sua cela, veio para a mesa, viu-a arrumada em lugar elevado e superfluamente enfeitada. Mas não sorriu com toda aquela alegria. Às escondidas e devagarinho, saiu, pôs na cabeça o chapéu de um pobre que lá estava, tomou um bordão e foi para fora. Esperou à porta até que os frades começaram a comer, porque estavam acostumados a não espera-lo quando não vinha ao sinal. Quando iniciaram o almoço, clamou como um verdadeiro pobre à porta: " Por amor de Deus, dai uma esmola a este peregrino pobre e doente". Os frades responderam: "Entra, homem, pelo amor daquele que invocaste". Entrou logo e se apresentou aos comensais. Que espanto provocou semelhante peregrino! Deram-lhe uma escudela, e ele se sentou à parte, pondo o prato na cinza. E disse: " Agora me sento como um frade menor". Dirigindo-se aos irmãos, disse: " Nós devemos nos deixar levar mais pela pobreza do Filho de Deus que pelas outras pessoas religiosas. Vi a mesa preparada e enfeitada, e vi que não era a dos pobres que pedem esmola de porta em porta". O fato demonstra que ele era semelhante àquele outro peregrino que ficou sozinho em Jerusalém nesse mesmo dia de Páscoa. Mas, quando falou, fez arder o coração de seus discípulos (trecho retirado de "Vida de São Francisco de Assis", escrita por Tomás de Celano, cap. XXXI, p. 125-126).